Ja se passaram quase 5 meses desde a ultima AGO e nada mudou. Os lacaios do poder estao preocupados com Morris Cerullo, Silas Malafaia, Valdomiro Santiago etc... mas não tem coragem para olhar o proprio umbigo e reconhecer que a preservação do sistema não estar produzindo mudanças, muito pelo contrario, acentuou-se mais a divisao em nossa denominação. Estou publicando em meu blog o artigo de um amigo, Pr. Antonio Jose, Pastor presidente da Assembleia da Deus na Cidade dos Funcionarios, em Fortaleza, Ceara. Este homem de Deus tem demonstrado coerencia e discernimento nesse momento quando muitos têm se calado por causa da mordaça que lhes foi imposta por nomeações, cargos e empregos.
UM REINO DIVIDIDO
Após haver participado da 39ª AGO da CGADB (Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil em Serras-ES) e ao refletir sobre os trabalhos convencionais e as implicações que os mesmos produziram na liderança da nossa denominação e como isso afetará a vida da igreja, veio a mim a palavra do Senhor dizendo: “O REINO ESTÁ DIVIDIDO”. Logo me lembrei da resposta de Jesus aos religiosos do seu tempo: “... todo reino dividido contra si mesmo será assolado; e a casa dividida contra si mesma cairá” (Lc 11.17).
O Senhor por sua misericórdia trouxe ao meu coração algumas verdades sobre um reino dividido. Verdades essas, as quais com muita humildade quero publicá-las para reflexão dos líderes e obreiros da nossa igreja.
Entendemos pela exposição de Jesus no texto citado que, ao referir-se ao reino Ele está falando de uma nação, de uma igreja, uma instituição, uma casa ou até mesmo referindo-se a uma pessoa.
Nesta mensagem vou fazer referência as causas e as conseqüências de um reino dividido na esfera da instituição religiosa e da liderança eclesiástica. Vou demonstrar que um reino dividido será assolado (Mt 12.25) e uma casa dividida contra si mesma cairá (Lc 11.17; Mc 3.25). Vou concluir falando sobre as demandas que fluem da divisão e como estas afetam negativamente a vida das pessoas no ambiente comum da igreja de nosso Senhor Jesus Cristo.
Anotei pelo menos, vinte declarações que estão relacionadas a um reino dividido, porém devido ao espaço limitado dessa publicação exporei a maioria das declarações deixando os comentários a cargo do leitor interessado.
• Em um reino dividido os homens se esforçam para justificar suas atitudes egoístas tentando adicionar a aprovação de Deus às suas ações fraudulentas.
• Em um reino dividido a unidade é comprometida, pois o consenso oriundo do debate é impossível ou inexistente.
• Em um reino dividido a côrte trucida a ética e despreza a justiça para resguardar seus interesses e preservar o poder.
• Em um reino dividido os súditos são coagidos e perseguidos pelo rei.
• Em um reino dividido o plenário de suas assembléias se transforma em platéia e a tribuna de suas decisões em arena de gladiadores engravatados.
• Em um reino dividido transitamos nas avenidas da hipocrisia livremente, pois os sensores que limitam a ética individual não flagram o cinismo dos que correm para manter as aparências.
• Em um reino dividido os túneis por onde a verdade transita estão engarrafados pelos veículos da maledicência e da discórdia.
• Em um reino dividido não há harmonia no desempenho do serviço eclesiástico e na administração da organização.
• Um reino dividido promove o aparecimento de facções – Permita-me dizer-vos: um reino ou uma casa pode suportar e até mesmo progredir em meio à diversidade ou a pluralidade, mas, quando surgem facções a sobrevivência do reino está em perigo.
• Em um reino dividido o bem-estar coletivo sofre detrimento por falta de cooperação mútua.
• Num reino dividido imperam a instabilidade e a estagnação.
• Em um reino dividido o progresso é lento e a prosperidade é limitada pela visão da liderança.
• Em um reino dividido, projetos e planos são elaborados para serem discutidos, mas não implementados.
• Em um reino dividido lideranças levianas buscam a sombra do poder para promover-se e resguardar interesses.
• Um reino dividido transmite um senso de insegurança que afasta os conselheiros e destrói a confiança que o diálogo poderia proporcionar.
• Um reino dividido compromete a história da sua existência por não entender a realidade do seu tempo.
• Um reino dividido põe em risco a sua própria sobrevivência.
• Em um reino dividido o consenso promovido pelos conselheiros é descartado pela realeza.
• Um reino dividido promove e mantém uma guerra civil silenciosa que se evidencia nas ações dos líderes e nas reações o povo.
• Em um reino dividido as demandas que fluem do poder afetam a vida dos líderes e liderados, dos servos e dos senhores – Dos líderes por serem insensíveis quanto à realidade do reino. Dos liderados por adaptarem-se a uma realidade que gostariam de mudar. Dos servos porque querem ser senhores e dos senhores porque esquecem que são servos.
Dentre as demandas que fluem do poder, algumas são por demais injustas. Isso porque provocam um sentimento de revolta e de decepção que abalam a nossa crença quanto à seriedade dos líderes e o real propósito da instituição. Dentre estas demandas estão aquelas que podem comprometer a integridade de todos. Isso me assusta pelo fato de que, um reino dividido tem reservas suficientes de argumentos para levar líderes e liderados a locupletarem-se todos em nome da “unidade institucional” que não é leal sequer, às suas próprias leis estatutárias.
Na divisão de um reino chega a ser constrangedora a revelação da metamorfose que atinge alguns líderes. Alguns seduzidos pelo poder e movidos pela ambição do cargo, transformam-se em “cães de guarda de microfones”, outros em “leões de chácara do plenário”, prontos a empurrar e proferir impropérios contra supostos desafetos ou possíveis opositores; outros transformam-se em “seguranças”, “tietes do contraditório”, “palhaços da discórdia”, “arautos da contenda”, “embaixadores da mentira”, etc, etc. Aos que se dispõem a participar desse desonroso quadro de transformação cabe a pecha de: “metamorfose ambulante do ministério”.
Ao expor parte das entranhas de um reino dividido talvez tenha deixado o nobre leitor perplexo ou estarrecido, mas, seguramente a declaração de Jesus foi mais grave, clara e específica: “Todo reino dividido contra si mesmo será assolado” Lc 11.17. Será assolado pela injustiça, corrupção, incompetência, avareza e orgulho; Será assolado pela intolerância, contenda, infidelidade, competição, politicagem, egoísmo, enfim, será assolado. Assim diz o Senhor Jesus.
Dentre as demandas que fluem de um reino dividido a assolação é mais perigosa quanto atinge os líderes mais poderosos de uma organização, nação ou igreja. Os frutos dessa divisão, certamente são provenientes da divisão que reina no íntimo de cada indivíduo, definida por Tiago como “guerra em vossos membros” (Tg 4.1), o que debilita a nossa espiritualidade e o nosso caráter cristão.
Concluo com as palavras do apóstolo Paulo: “Acaso está Cristo dividido? Por que o Reino de Deus é justiça, paz e alegria no Espírito Santo” (1ªCo 1.13; Rm 14.17).
Em Cristo Jesus e porque Ele vive!
Pr. Antonio José Azevedo
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
domingo, 19 de abril de 2009
Desejos e Delírios no blog do Pr. Altair Germano
Desejos e Delírios no blog do Pr. Altair Germano
Recentemente Pr. Altair Germano postou uma matéria em seu blog intitulada “Eleições da CGADB: Desejos e Delírios” que ficaram claras para mim 2 coisas:
1-Desejos. Nessa reta final, especificamente nesse post, o pastor Altair se revelou tendencioso a uma possível reeleição do Pr. Jose Wellington
2-Delírios. As informações passadas deveriam ser regidas por moderação e neutralidade. A ausência dessas coisas geralmente compromete nossas palavras.
Quero pontuar 3 afirmações feitas pelo ilustre Companheiro:
1- "A maioria dos pastores que lá estarão para votar, são membros de Convenções Estaduais cujos presidentes apóiam a chapa encabeçada pelo atual presidente da CGADB. Tais convenções possuem também um quantitativo superior de obreiros".
Esta afirmação infere que os obreiros não teriam o direito de livre escolha na hora da eleição e que teriam que votar no candidato que o presidente da convenção escolher por eles? Devemos ter ciência que algumas Convenções têm praticamente forçado seus ministros votarem no atual presidente, sob pena de retaliações. Esta pratica e conhecida no mundo político como "voto de cabresto”. Creio que a maior parte de nossos pastores são homens conscientes, maduros, idôneos, pais de família e cidadãos honrados que tem plena condição de exercer seu direito de voto sem interferências.
2- "Há praticamente regiões inteiras apoiando o Pr. Jose Wellington, como é caso do Nordeste".
Como é possível ter tanta certeza assim? Temos contatos no Nordeste e ouvimos noticias de grupos de pastores mobilizados acreditando em uma mudança a partir dessa próxima AGO, mesmo sofrendo pressão dos presidentes de suas respectivas Convenções. Temos informações de pastores que tinham a tempo expressado seu apoio ao atual presidente, estão inscritos, mas decidiram não ir a Vitoria votar por estarem desiludidos com o atual sistema. Não pretendo aqui apontar o mais provável “futuro presidente”, até porque qualquer análise é precária e insuficiente. Não dispomos de um mecanismo aferidor para tal pretensão.
3- "O pastor José Wellington confia em suas realizações (Reestruturação da CPAD, instalação da Editora Patmos nos EUA, construção de um prédio moderno para a sede da administração da CGADB e CPAD, concessão da Patente "Assembléia de Deus", reconstrução do edifício da FAECAD, realização do Programa Movimento Pentecostal e da Web Rádio, realização de Conferências de Escola Bíblica Dominical, Fóruns de Missões, Simpósio de orientação jurídica, ELADS etc.) para continuar na administração da CGADB e de todos os órgãos a ela ligados".
Quais os benefícios plausíveis de tudo isso? Os CAPEDS já existiam antes do Pr. JW assumir o poder, os ELADS tem se tornado um fórum para intermináveis reformas de estatuto e plataforma para intermináveis reeleições, o fórum de missões tem surtido pouquíssimo efeito, e continuamos a exportar nossas divisões para o exterior onde os trabalhos são congregações dos ministérios no Brasil e as brigas políticas entre ministérios daqui continuam la fora. Construções e reformas de prédios? Basta ter o dinheiro e um bom empreiteiro e você constrói qualquer coisa. Essas obras beneficiariam mais um candidato da vida pública do que um candidato para uma Convenção de Pastores. No mundo secular o eleitor menos atento vota em quem constrói mais pontes e viadutos, não enxergando as mudanças estruturais que são necessárias para melhorias da qualidade de vida a médio e longo prazo. Acredito que o Senhor conduzirá esse processo e fará cumprir sua vontade Soberana.
Entre muitas coisas que concordo com o Pr. Altair, uma é que só saberemos quem ganhou apos a apuração dos votos. Este que vos escreve repudia qualquer tentativa de influenciar o eleitor, pois o voto é secreto e deve ser exercido como a mais pura expressão de nossa razão dirigida pelo Espírito Santo.
Estarei em Vitoria e vou procurar o Pr. Altair para conhecê-lo pessoalmente, dar um abraço e comprar seu livro autografado. Processos eletivos passam, e o que permanece são os desafios, e a necessidade de hombridade, companheirismo e fervor pela causa de Cristo.
Mark Lemos
Recentemente Pr. Altair Germano postou uma matéria em seu blog intitulada “Eleições da CGADB: Desejos e Delírios” que ficaram claras para mim 2 coisas:
1-Desejos. Nessa reta final, especificamente nesse post, o pastor Altair se revelou tendencioso a uma possível reeleição do Pr. Jose Wellington
2-Delírios. As informações passadas deveriam ser regidas por moderação e neutralidade. A ausência dessas coisas geralmente compromete nossas palavras.
Quero pontuar 3 afirmações feitas pelo ilustre Companheiro:
1- "A maioria dos pastores que lá estarão para votar, são membros de Convenções Estaduais cujos presidentes apóiam a chapa encabeçada pelo atual presidente da CGADB. Tais convenções possuem também um quantitativo superior de obreiros".
Esta afirmação infere que os obreiros não teriam o direito de livre escolha na hora da eleição e que teriam que votar no candidato que o presidente da convenção escolher por eles? Devemos ter ciência que algumas Convenções têm praticamente forçado seus ministros votarem no atual presidente, sob pena de retaliações. Esta pratica e conhecida no mundo político como "voto de cabresto”. Creio que a maior parte de nossos pastores são homens conscientes, maduros, idôneos, pais de família e cidadãos honrados que tem plena condição de exercer seu direito de voto sem interferências.
2- "Há praticamente regiões inteiras apoiando o Pr. Jose Wellington, como é caso do Nordeste".
Como é possível ter tanta certeza assim? Temos contatos no Nordeste e ouvimos noticias de grupos de pastores mobilizados acreditando em uma mudança a partir dessa próxima AGO, mesmo sofrendo pressão dos presidentes de suas respectivas Convenções. Temos informações de pastores que tinham a tempo expressado seu apoio ao atual presidente, estão inscritos, mas decidiram não ir a Vitoria votar por estarem desiludidos com o atual sistema. Não pretendo aqui apontar o mais provável “futuro presidente”, até porque qualquer análise é precária e insuficiente. Não dispomos de um mecanismo aferidor para tal pretensão.
3- "O pastor José Wellington confia em suas realizações (Reestruturação da CPAD, instalação da Editora Patmos nos EUA, construção de um prédio moderno para a sede da administração da CGADB e CPAD, concessão da Patente "Assembléia de Deus", reconstrução do edifício da FAECAD, realização do Programa Movimento Pentecostal e da Web Rádio, realização de Conferências de Escola Bíblica Dominical, Fóruns de Missões, Simpósio de orientação jurídica, ELADS etc.) para continuar na administração da CGADB e de todos os órgãos a ela ligados".
Quais os benefícios plausíveis de tudo isso? Os CAPEDS já existiam antes do Pr. JW assumir o poder, os ELADS tem se tornado um fórum para intermináveis reformas de estatuto e plataforma para intermináveis reeleições, o fórum de missões tem surtido pouquíssimo efeito, e continuamos a exportar nossas divisões para o exterior onde os trabalhos são congregações dos ministérios no Brasil e as brigas políticas entre ministérios daqui continuam la fora. Construções e reformas de prédios? Basta ter o dinheiro e um bom empreiteiro e você constrói qualquer coisa. Essas obras beneficiariam mais um candidato da vida pública do que um candidato para uma Convenção de Pastores. No mundo secular o eleitor menos atento vota em quem constrói mais pontes e viadutos, não enxergando as mudanças estruturais que são necessárias para melhorias da qualidade de vida a médio e longo prazo. Acredito que o Senhor conduzirá esse processo e fará cumprir sua vontade Soberana.
Entre muitas coisas que concordo com o Pr. Altair, uma é que só saberemos quem ganhou apos a apuração dos votos. Este que vos escreve repudia qualquer tentativa de influenciar o eleitor, pois o voto é secreto e deve ser exercido como a mais pura expressão de nossa razão dirigida pelo Espírito Santo.
Estarei em Vitoria e vou procurar o Pr. Altair para conhecê-lo pessoalmente, dar um abraço e comprar seu livro autografado. Processos eletivos passam, e o que permanece são os desafios, e a necessidade de hombridade, companheirismo e fervor pela causa de Cristo.
Mark Lemos
terça-feira, 24 de março de 2009
Lamentável
Ao escrever essas linhas, é com sentimento de tristeza que reflito sobre a 39ª Assembléia Geral Ordinária da CGADB.
Recebi a notícia de que quase 17.000 pastores inscreveram-se para participar da próxima AGO em Vitória-ES. Confesso que estou triste não pela quantidade de pastores (ministros), mas sim pela aparente motivação que leva a maioria dos mesmos a esta Convenção Geral. Se não houvesse eleições este ano e a AGO fosse convocada para uma semana de reflexão, jejum e oração; ficaria surpreso se o número de inscritos passasse de 2.000.
Nos últimos 2 anos (final de 2006 ao término de 2008) o numero de pastores consagrados subiu quase 50% (dados oficiais). Estas consagrações não ocorreram porque houve a necessidade de mais pastores dado a proporção do crescimento em 50% da denominação. Seria ingenuidade de minha parte crer nisto. Essas consagrações se deram em sua maioria por necessidade de mais votos! Durante a última AGO da convenção a que pertenço, COMADESPE, em Janeiro deste ano, o presidente da CGADB trouxe a palavra devocional no ultimo dia e durante a sua palavra incentivou todos os pastores a irem a Vitória para votarem, dizendo que “apenas perderiam um dia. Sairiam de Sao Paulo na Quarta-Feira à noite, amanheceriam em Vitória na Quinta-Feira, votariam e poderiam voltar a São Paulo no mesmo dia”. Se este “circo político” não for desarmado, não me surpreenderei se na AGO de 2013 tivermos 30.000 pastores inscritos e realizarmos nossas plenárias no Morumbi, Maracanã ou outra praça de esportes do nosso país.
Dados obtidos extra-oficialmente nos bastidores dos candidatos na campanha eleitoral pela presidência da CGADB em 2007 apontam que mais de 5 milhões de reais foram gastos em função de uma eleição. Se fizermos a projeção para esta eleição os valores passam de 10 milhões de reais. Eu pergunto ao leitor, o que poderia ser feito para o Reino de Deus com todo esse dinheiro? Quantos templos poderiam ser construídos? 150 templos com capacidade para 300 pessoas, abrigando 45 mil crentes. Quantas famílias de missionários poderiam ser sustentadas no campo missionário por 2 anos? Poderíamos sustentar 312 famílias com um salário médio de R$ 4.000,00 mensais. Quantas Bíblias poderiam ser distribuídas com objetivo evangelístico? 1 milhão de pessoas receberiam uma Bíblia gratuitamente. Quantas cruzadas evangelísticas de grande porte poderiam ser realizadas no Brasil? 30 grandes cruzadas poderiam ser realizadas custando R$ 500.000,00 cada uma. Somando-se a isso, muitas outras coisas poderiam ser feitas que produziriam resultados diretos. Mas parece que estes “bons costumes” de evangelizar, construir mais igrejas, fazer missões e ver almas salvas estão em baixa. Precisamos revisitar Atos dos Apóstolos e reconsiderar nossas práticas à luz do propósito original da Igreja.
Sou filiado a CGADB desde 1984 e nos últimos anos tenho observado o caráter extremamente político que nossa convenção tem tomado. A situação e oposição consomem boa parte de seu tempo e energias tentando se manter ou assumir o poder, enquanto questões fundamentais não são abordadas. Com muita rapidez foi formado um Conselho Político que não consegui ate hoje entender sua real finalidade. No entanto, não temos ainda um departamento de Jovens, Infantil e Senhoras. Estes departamentos em nível de CGADB poderiam desenvolver estratégias evangelísticas e oferecer apoio às igrejas da denominação para alcançar este grande segmento de nossa sociedade para Cristo. A maior parte de nossas igrejas tem uma campanha do quilo, mas em nível de denominação não temos um departamento de ajuda humanitária para prestar auxilio a população em momentos de crise e catástrofes, e quando estas acontecem são feitas mobilizações de última hora que surtem pouco efeito e parecem mais uma campanha de marketing denominacional.
Quando surgem divergências de pensamento e opiniões (que ocorrem normalmente em qualquer organização) ao invés de resolvê-las a volta da mesa da cozinha com oração e amor cristão, vamos para a televisão lavar nossa roupa suja em rede nacional, mostrando ao mundo uma imagem negativa sobre a igreja.
O meu desejo para nós pastores da CGADB é que a oração sacerdotal de Cristo se cumpra em nossas vidas (Jo 17).
Recebi a notícia de que quase 17.000 pastores inscreveram-se para participar da próxima AGO em Vitória-ES. Confesso que estou triste não pela quantidade de pastores (ministros), mas sim pela aparente motivação que leva a maioria dos mesmos a esta Convenção Geral. Se não houvesse eleições este ano e a AGO fosse convocada para uma semana de reflexão, jejum e oração; ficaria surpreso se o número de inscritos passasse de 2.000.
Nos últimos 2 anos (final de 2006 ao término de 2008) o numero de pastores consagrados subiu quase 50% (dados oficiais). Estas consagrações não ocorreram porque houve a necessidade de mais pastores dado a proporção do crescimento em 50% da denominação. Seria ingenuidade de minha parte crer nisto. Essas consagrações se deram em sua maioria por necessidade de mais votos! Durante a última AGO da convenção a que pertenço, COMADESPE, em Janeiro deste ano, o presidente da CGADB trouxe a palavra devocional no ultimo dia e durante a sua palavra incentivou todos os pastores a irem a Vitória para votarem, dizendo que “apenas perderiam um dia. Sairiam de Sao Paulo na Quarta-Feira à noite, amanheceriam em Vitória na Quinta-Feira, votariam e poderiam voltar a São Paulo no mesmo dia”. Se este “circo político” não for desarmado, não me surpreenderei se na AGO de 2013 tivermos 30.000 pastores inscritos e realizarmos nossas plenárias no Morumbi, Maracanã ou outra praça de esportes do nosso país.
Dados obtidos extra-oficialmente nos bastidores dos candidatos na campanha eleitoral pela presidência da CGADB em 2007 apontam que mais de 5 milhões de reais foram gastos em função de uma eleição. Se fizermos a projeção para esta eleição os valores passam de 10 milhões de reais. Eu pergunto ao leitor, o que poderia ser feito para o Reino de Deus com todo esse dinheiro? Quantos templos poderiam ser construídos? 150 templos com capacidade para 300 pessoas, abrigando 45 mil crentes. Quantas famílias de missionários poderiam ser sustentadas no campo missionário por 2 anos? Poderíamos sustentar 312 famílias com um salário médio de R$ 4.000,00 mensais. Quantas Bíblias poderiam ser distribuídas com objetivo evangelístico? 1 milhão de pessoas receberiam uma Bíblia gratuitamente. Quantas cruzadas evangelísticas de grande porte poderiam ser realizadas no Brasil? 30 grandes cruzadas poderiam ser realizadas custando R$ 500.000,00 cada uma. Somando-se a isso, muitas outras coisas poderiam ser feitas que produziriam resultados diretos. Mas parece que estes “bons costumes” de evangelizar, construir mais igrejas, fazer missões e ver almas salvas estão em baixa. Precisamos revisitar Atos dos Apóstolos e reconsiderar nossas práticas à luz do propósito original da Igreja.
Sou filiado a CGADB desde 1984 e nos últimos anos tenho observado o caráter extremamente político que nossa convenção tem tomado. A situação e oposição consomem boa parte de seu tempo e energias tentando se manter ou assumir o poder, enquanto questões fundamentais não são abordadas. Com muita rapidez foi formado um Conselho Político que não consegui ate hoje entender sua real finalidade. No entanto, não temos ainda um departamento de Jovens, Infantil e Senhoras. Estes departamentos em nível de CGADB poderiam desenvolver estratégias evangelísticas e oferecer apoio às igrejas da denominação para alcançar este grande segmento de nossa sociedade para Cristo. A maior parte de nossas igrejas tem uma campanha do quilo, mas em nível de denominação não temos um departamento de ajuda humanitária para prestar auxilio a população em momentos de crise e catástrofes, e quando estas acontecem são feitas mobilizações de última hora que surtem pouco efeito e parecem mais uma campanha de marketing denominacional.
Quando surgem divergências de pensamento e opiniões (que ocorrem normalmente em qualquer organização) ao invés de resolvê-las a volta da mesa da cozinha com oração e amor cristão, vamos para a televisão lavar nossa roupa suja em rede nacional, mostrando ao mundo uma imagem negativa sobre a igreja.
O meu desejo para nós pastores da CGADB é que a oração sacerdotal de Cristo se cumpra em nossas vidas (Jo 17).
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